quarta-feira, 24 de março de 2010

"No País da impunidade..."


Espera-se que justiça seja feita, no julgamento dos acusados da morte da menina Izabella. Julgamento este que vem sendo acompanhado com muita espectativa por milhões de brasileiros, cansados de tantas injustiças e impunidades, mas, neste lamentável episodio, esperamos que de fato o pai algoz e como o próprio nome já diz "madrasta" sejam condenados a pena máxima, já que infelizmente em nosso país não existe pena de morte, que com certeza é o que essas duas nefastas, absurdas criaturas mereciam ter. Fica a enorme interrogação, como um PAI pôde matar a filha tão indefesa e tão friamente ainda jogar seu corpo janela abaixo??

sexta-feira, 19 de março de 2010

É Tempo de Conversão...



ANUNCIAÇÃO
A aurora de um novo tempo,
De um novo dia a raiar no firmamento,
Anuncia que é tempo de nascer para a vida,
De deixar de lado o rancor, a dor, o pesar...
Tempo de abraçar a solidariedade...
Que do Evangelho se fez esperança.

É tempo de ouvir o silêncio em busca de outros sóis,
De outros ares, da boa nova...
Tempo de entender para ser compreendido;
De ouvir para ser ouvido, de doar para receber;
De respeitar para ser respeitado, de amar...
Que nas palavras do Evangelho se fez semente...

É chegada a hora de olhar para frente,
De esquecer as diferenças, os rancores,
De cultivar o respeito mútuo, a sinceridade,
O companheirismo, o amor: razões na vida,
Daquele que viveu o martírio para cultivar a paz
E a fraternidade nos corações humanos...


Redenção, 25 de novembro de 2005.

Jader Moutinho Barbosa

sexta-feira, 5 de março de 2010

8 de março - Dia Internacional da Mulher


Mulher ao Espelho

Cecília Meirelles
Hoje, que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz,
Já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
Que mal fez, essa cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se é tudo tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
Por fora, serei como queira,
a moda, que vai me matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus,
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.